quinta-feira, 15 de novembro de 2007

As tentações do jovem cristão no século 21


Dia desses, estava pensando nesse assunto e em como a igreja pode ajudar mais os jovens neste mundo secularizado e hedonista. Então concluí que as três principais tentações do jovem cristão no século 21 são as seguintes:

1. A pressão do grupo (pelo menos no início da juventude) continua sendo um elemento forte, no sentido de levar o jovem para os caminhos errados. Na ânsia por ser aceito – numa época de auto-afirmação e descoberta de si mesmo –, o jovem acaba comprometendo princípios e silenciando a consciência. Talvez em decorrência dessa pressão, mas nem sempre apenas relacionada a ela, acabam vindo as outras duas tentações.

2. Na área sexual. Os jovens estão casando bem mais tarde do que em tempos passados. E as liberdades que acabam tendo no tempo de namoro tornam a iniciação sexual mais precoce. Além disso, a Internet, as TVs pagas e a liberação sexual de nossos dias tornaram a tentação nessa área muito mais difícil de ser resistida. Tudo ficou mais fácil e a oferta de recursos para a satisfação sexual ilícita é abundantemente apresentada em todos os tipos de mídia. Se, no passado, o jovem precisava vencer a timidez e comprar uma revista pornográfica na banca de jornais, por exemplo, hoje ele pode ver imagens eróticas gratuitamente na tela do computador ou conversar sobre “baixarias” nas salas de bate-papo. A mente é alimentada com pensamentos impuros e excitantes. Depois vêm os programas de TV e o grupo dizendo que não há problema no sexo antes do casamento. Estimulação e facilidade são as palavras-chave desse problema. Talvez a única voz discordante seja a dos líderes da igreja. Mas aí a concorrência já se tornou injusta há muito tempo.

3. Na área intelectual. A mídia (novamente) e os meios acadêmicos saturam a mente dos jovens de ceticismo e secularismo, e nem sempre esses mesmos jovens encontram apoio da igreja no momento de confrontar as grandes questões da vida: De onde viemos? Para onde vamos? Posso realmente confiar na Bíblia, do ponto de vista histórico e científico? Deus existe mesmo? Na igreja, talvez, o jovem apenas ouça coisas do tipo: “O evolucionismo é uma bobagem. É apenas uma teoria. Não ligue para isso.” Mas o estudante chega à universidade e encontra doutores tremendamente preparados, que garantem ser o darwinismo uma teoria “confirmada”. O jovem percebe que a teoria não é tão “bobagem” assim, e começa o conflito que leva muitos ao ceticismo ou, na “melhor” das hipóteses, a uma fé raquítica e vacilante. E com essa fé vacilante, fica mais difícil resistir às tentações em quaisquer áreas (é uma armadilha circular). O jovem cai no pecado, sente-se um derrotado e vai levando uma vida medíocre, ainda que não saia totalmente da igreja.

Creio que a igreja deveria estar mais atenta a essas necessidades dos jovens. Organizar simpósios e encontros nos quais sejam abordados abertamente esses problemas. Promover maneiras de os jovens se expressarem, a fim de conhecer suas lutas e prover ajuda (quem sabe, por meio de pequenos grupos de jovens, com líderes experientes). Os pastores e os líderes deveriam se preparar melhor para “atacar” o secularismo e ajudar o jovem a enfrentar a universidade com uma boa bagagem criacionista. E na área sexual, orientar o jovem e não apenas ficar torcendo para que ele case logo, pensando: “Ufa, esse já não é mais problema.” (Aliás, é bom lembrar que os casais recém-casados também precisam de um bom acompanhamento pastoral.)

Os jovens são um tesouro da igreja. Devemos zelar por eles.

Michelson Borges é jornalista, editor da Lição da Escola Sabatina dos Jovens e autor do livro recém-lançado Nos Bastidores da Mídia (www.cpb.com.br)

Um comentário:

Unknown disse...

ficou otimo vc é d+ cara
parabens